29 de maio de 2015

Medo... que a época está a chegar

Eu tenho, tantas...


Não só dos desenhos animados, como Dartacão, um dos meus preferidos, mas também dos Jogos sem fronteiras durante as férias, do Agora escolha depois do almoço, do Jornalinho, até do Natal dos hospitais...

Da obrigatoriedade do novo Acordo Ortográfico


Há uns quatro anos que utilizo o novo Acordo Ortográfico (mais conhecido por AO90), não por opção mas por motivos profissionais. Trabalhando numa editora escolar, que desde o ano letivo de 2011/2012 tem de cumprir um calendário da sua implementação bastante rígido, tive de me adaptar. E pronto. Não fazia então sentido, para mim, utilizar duas grafias diferentes: uma no trabalho, outra noutros escritos, como no blogue, por exemplo.

Não posso dizer que sou contra o AO90, porque em certas palavras facilita a escrita e reduz o erro (a queda de consoantes mudas, por exemplo). Mas também não sou totalmente a favor, pois há casos em que não o compreendo (o para, preposição, e o para, 2.ª pessoa do singular do verbo parar). Outra dificuldade que tenho é com alguns hífenes, o que me obriga a algumas consultas para ir chegando a conclusões. Perceber porque há-de passou a há de foi fácil. E porque fim de semana perdeu o hífen também. Mas a manutenção no arco-íris levou mais tempo, se bem que agora já a entendo. Mas continuo sem perceber o arco da velha, que por ser uma expressão em sentido figurado o devia manter.

Em conclusão, acho que o AO90 precisava de ser aprimorado mas não abolido. Porque a língua é viva. Porque o AO90 não nos tira coisas que são nossas: de facto é de facto em Portugal e de fato no Brasil. Um conjunto de calças e casaco é fato em Portugal e terno no Brasil.

Não acho que estejamos a ir atrás de ninguém, porque estamos a conservar aquilo que é verdadeiramente nosso. E acho que muitos dos que criticam não sabem o que estão a criticar: não vamos passar a escrever ôtimo, mas ótimo, nem a escrever cagado em vez de cágado. Nada disso. A essas pessoas, aconselho uma leitura que tive de fazer muitas vezes quando eu própria ainda era bastante crítica: o documento Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990. Organizado em diversos temas (21 no total), apresenta exemplos e esclarece muitas dúvidas, apesar de não todas. Mas ajuda.

28 de maio de 2015

Postais para os momentos difíceis

Há momentos em que não conseguimos dizer nada aos amigos que sofrem. Porque não sabemos o que dizer. Mas estes postais podem ser uma ajuda, sobretudo quando temos amigos que estão a sofrer de doenças graves e que precisam de um «cheer up!». Nem que seja só para mostrar que estamos lá.




 




Podem ver mais desta coleção e de outras aqui, no Emily McDowell Studio.

Somos de facto uma máquina impressionante...

... toca a reforçar o sistema imunitário!

O bom alemão, de José Manuel Saraiva

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Ainda hoje deparo-me com muitas críticas ao povo alemão, e com acusações veladas de antissemitismo. E já lá vão 70 anos desde o fim da II Guerra Mundial...

Por isso tento sempre pôr-me no lugar de um alemão a viver na época. Teria conseguido rebelar-me? Ou teria colaborado numa tentativa de me proteger e aos meus? Nunca o saberei. Este livro interessou-me logo desde a sua introdução, sobre um artigo de Hannah Arendt:

... qualquer cidadão colocado perante determinadas circunstâncias pode praticar atos repreensíveis, brutais até. É o resultado de um fenómeno que Arendt chamou de «banalização do mal», que retira ao homem a sua capacidade de reflexão e de julgamento moral, criando nele e convicção de que tudo é permitido. Mas pode acrescentar-se que o contrário também é verdade: qualquer cidadão comum, perante determinadas circunstâncias, é capaz de atos de uma natureza extraordinária.

Em O bom alemão, Nicole e Fritz conhecem-se nos anos 60 e acabam por se apaixonar e mesmo casar. O passado de Fritz é aparentemente «limpo», mas a dúvida acaba por se instalar na cabeça de Nicole. Seria ele mesmo um bom alemão, o ser humano reto que a recolheu e que dela cuidou durante uma tarde de tumultos em Paris? Ou teria um passado mais obscuro?

Um livro que, apesar de por vezes exagerar no pormenor de algumas das descrições que faz de Portugal (afinal, julgo que será lido sobretudo por portugueses que conhecem os mínimos da História), nos mostra como os nossos juízos mudam as nossas vidas.

27 de maio de 2015

Perfeito!

Contra o desperdício

Quando vou a Londres gosto muito de comer no Pret a manger, uma loja na linha da Go natural mas com muito mais produtos e preços mais ajustados.

Mas aquilo que me surpreendeu mesmo desta vez foi o que li nos guardanapos. Porque uma das coisas que me irrita mesmo muito é, nas cadeias de fast food, ver algumas pessoas a puxar guardanapos de papel como se não houvesse amanhã.

Para a Bruxa Mimi

Mais de um mês para responder a um desafio de uma bloguer que segue a Vespinha é uma vergonha, mas a disposição não é sempre a mesma e hoje chegou o dia.

O convite foi da Bruxa Mimi, e agora cabe-me a tarefa de nomear mais cinco:

- José
- Flores, cores e amores
- On the catwalk
- Pink poison
- 27 and counting stars

1. Há quanto tempo tens o blogue?
Há oito anos. Mas o primeiro ano não contou, só teve duas publicações. Portanto, mais a sério há oito.

2. Em que dia é o teu blogue foi criado?
29 de agosto de 2006. Caramba, tanta coisa se passou entretanto.

3. Sem ires ao painel, quantas visualizações tens, aproximadamente?
Quase a chegar às 700 000.

4. Sem ires ao painel, quantos comentários tens, aproximadamente?
Não fazia a mais pequena ideia antes de ir ver. A chegar aos 17 mil.

5. Quantas mensagens publicadas tens?
Tive de ir espreitar. Quatro mil e picos.

6. Quantos seguidores tens?
226. Poucos mas bons.

7. Quem mais sabe da existência do teu blogue?
Depois destes anos todos, acho que quase todos os que me rodeiam, incluindo pai e mãe.

8. Já alguma vez pediste conselhos a outro bloguer?
Sim, sobretudo coisas técnicas. E também já dei alguns.

9. Lembras-te perfeitamente de todos os layouts que o teu blogue teve?
Acho que foram dois totalmente diferentes antes do atual, este feito à medida pelo Paulo Buchinho, com uma Vespinha vestida de verão e outra de inverno. É para manter.

10. Que opinião achas que as pessoas têm do teu blogue?
Um amigo diz que são impressões sobre o mundo, para mim é um modo de registar coisas de que não me quero esquecer. Mas importante, importante é conseguir transmitir as coisas que me apaixonam e as que me revoltam. Espero que cheguem a esse lado.

26 de maio de 2015

Já cá em casa e com muita vontade de o começar

GIV / HIV


Um cartaz de divulgação contra o preconceito relativamente ao HIV e o desconhecimento relativamente às formas de contágio.

«Eu sou um cartaz HIV positivo» são as letras grandes que se leem, acompanhadas de uma gota de sangue portadora de HIV. Vale a pena ver como foi concebido e as reações que gerou.

2 por 3, o que na prática dá 30% de desconto


Com mais de 20 livros em espera (e estou certamente a pecar por defeito), vou tentar resistir, mas vai ser muito difícil.

25 de maio de 2015

E as compras de Londres

Além das que foram para oferecer e que não posso mostrar aqui porque muitas ainda não chegaram aos destinatários, para mim foi isto (e mais um casaco que não coube na fotografia):


- uma capa de almofada com uma bicicleta bordada;
- uma toalha de praia daquelas finíssimas (estranha peça para comprar em Londres, mas foi mesmo);
- conjunto de lápis da Liberty para juntar às dezenas que já tenho;
- livros: A man called Ove (Fredrik Backman), Fascism - A graphic guide, Family life (Akhil Sharma), The children act (Ian McEwan), Summer house with swimming pool (Herman Koch), Your fathers, where are they? And the prophets, do they live forever? (Dave Eggers) e The girl on the train (Paula Hawkins). A ir falando melhor deles à medidas que os for lendo.

No Portal das Finanças...

... alguém ainda me há de explicar o que faz a fotografia de uma família com um ar feliz a olhar para o computador. Estarão a consultar o reembolso e os pais a dizer aos filhos que afinal irão de férias para fora? Ou estarão a ensinar-lhes a preencher os impressos para que um dia se tornem cidadãos exemplares? A sério que não percebo...

Novidades habitacionais

No regresso ao trabalho depois de uma semana e meia de férias, nada como ter umas coisas novas em casa para sentir que a vida mudou alguma coisa.

Para recordar Portobello Road sempre que me sento no sofá.
Cadeira que estava em espera desde o Natal.
Para fugir à tradicional cadeira de escritório que tinha em casa.
Eu não me esqueço, mas para me lembrar quem me espera sempre
que chego a casa. Presente inesperado da minha mãe.

23 de maio de 2015

Dia da minha consulta despreferida


Para quem é alto míope como eu e depois de há sete anos ter colocado lentes intraoculares que mudaram muito a minha vida, ter a noção de que a minha miopia entretanto aumentou e que muito provavelmente terei de voltar a usar óculos pelo menos para algumas atividades é um bocado duro.

A (enorme) vantagem é que de certeza não terão lentes de fundo de garrafa como os antigos. E que talvez possam ter estilo.

21 de maio de 2015

A Londres que ainda não tinha visto

Depois de ter estado em Londres há quatro e há dois anos, achava eu que já haveria pouco a descobrir, até porque iria com a minha prima a quem queria mostrar uma cidade que ela não conhecia.

Pois enganei-me. Não descobri assim uma catrefada de coisas novas, mas as que descobri foram muito boas. E isto também graças à companhia.

1. Instalações inusitadas em South Bank.


2. A ovelha Choné espalhada por todo o lado.




3. O render da guarda, mesmo com chuva.


4. O Victoria & Albert Museum. Tinha lá estado há dois anos mas apenas para ver a exposição de David Bowie. Desta vez, foi para ver um bocadinho mais deste museu espetacular com uma diversidade enorme de obras de arte (pintura, escultura, vidro, mobiliário, arquitetura...) onde cada sala é uma surpresa.


5. Jantar num dos muitos restaurantes de Jamie Oliver. Este é no mercado de Covent Market, mas há mais uns tantos espalhados pela cidade.


6. A montagem de uma loja de Kate Spade. Preenchimento de flamingos com cravos verdadeiros.


7. Saatchi Gallery. Um espaço enorme, luminoso, que valoriza de forma brutal as obras dos novos artistas que lá vão expondo.


8. Meridiano de Greenwich. Além do bairro, que adorei, fui à tradicional linha que marca a divisão do tempo mundial.


9. The London Film Museum. Não sei o que costuma expor, mas desta vez estava totalmente dedicado à exposição Bond in motion, com uma série de veículos usados nos filmes do agente secreto. Vi carros, barcos, motas de água, carrinhos de neve. Um sonho para os fãs.


Nota: Desta vez não fiz muitas compras, mas um destes dias publico aqui uma imagem dos livros que trouxe, algo a que nunca consigo resistir.

Tal e qual

Com a agravante de que normalmente os centros comerciais são bem maiores do que os da planta abaixo.

19 de maio de 2015

Já cá mas ainda a meio gás

Em breve, notícias de Londres, umas críticas de livros, uns pensamentos curiosos e o que penso acerca do que se tem dito sobre o Acordo Ortográfico. Mas é preciso arrancar devagarinho se não a Vespa estraga-se.

12 de maio de 2015

A ser verdade, tornou-se um dos meus heróis

Eu

Home - Catálogo de violência doméstica

Aconselho vivamente a consulta do catálogo abaixo, clicando sobre o mesmo.

A iniciativa é da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima e joga de maneira quase chocante com o contraste entre casas perfeitas mas com o inferno dentro. A semelhança com os catálogos do IKEA não é coincidência, e não sei como a cadeia de mobiliário sueca poderá reagir a isso, mas a ideia é muito boa. Mesmo.

http://www.apav.pt/catalogohome2015.pdf

Sem dúvida